Alagoas

Renan Filho: "Governadores do NE querem carência para voltar a pagar dívida com a União"

Por Agência Alagoas 19/05/2016 14h02
Renan Filho: 'Governadores do NE querem carência para voltar a pagar dívida com a União'
Renan Filho recebe governadores do Nordeste nesta quinta (19), no Ritz Lagoa da Anta - Foto: Arquivo/Agência Alagoas

Os governadores da região Nordeste buscam, por meio do diálogo, um caminho para superar os entraves da renegociação da dívida pública com a União, que vem massacrando os estados brasileiros. O assunto será um dos temas a serem discutidos durante o Encontro dos Governadores, que acontece nesta quinta-feira (19), a partir das 14h, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, em Cruz das Almas.

Renan Filho esclarece que os estados propõem o alongamento da dívida com um período de carência de 12 meses. E ressalta que projeto de lei nesse sentido já foi, inclusive, encaminhado ao Congresso Nacional.

Ainda de acordo com o governador, os estados pleiteiam, além disso, uma carência de 12 meses de não pagamento do serviço da dívida. “Isso não quer dizer moratória. Moratória é quando não se quer pagar”, frisa.

Renan Filho exemplifica o que acontece atualmente na Grécia. Segundo ele, pode-se observar que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está propondo 40 anos de carência e mais 30 anos para que o país possa pagar a dívida com a União Europeia e com bancos internacionais, inclusive com o próprio FMI.

Ele complementa, afirmando que esta é a medida também requerida pelos governadores do Nordeste. Renan Filho explica que no caso do FMI, a Grécia é signatária de acordos internacionais, é membro da União Europeia, faz partes dos países que são acompanhados pelo Fundo Monetário Internacional, mas ela não é um ente dele. O próprio FMI, que é credor, sugere um pagamento diferenciado, em virtude da situação que vive o país.

“É exatamente o que vive o Brasil. Mas nós, estados brasileiros, somos membros da Federação, de maneira que ela tem que achar uma saída. Não tem saída só pra União, e também não tem saída só para os estados”, finaliza o governador.