Agreste

Com nova versão sobre o crime, família de Gustavo Melo realizará manifestação em Olho D'água

Por Redação e Assessoria 02/02/2015 07h07
Com nova versão sobre o crime, família de Gustavo Melo realizará manifestação em Olho D'água

Na próxima terça-feira (3), acontecerá uma passeata em protesto a impunidade no caso da morte do jovem Gustavo Melo, de 30. Alvo de um tiro em um bar na madrugada de 18 de janeiro, no centro da cidade.

O crime que envolveu dois colegas repercutiu em toda região do agreste e sertão alagoano com a curiosa contestação do acusado, Rude Rodrigues, médico veterinário, que se apresentou a delegacia uma semana após o crime alegando ter sido um disparo acidental de sua arma.

Conforme relatos de testemunhas à família da vítima, os dois bebiam em uma mesa de bar com outros colegas por volta das 4h45min da madrugada e conversavam tranquilamente, quando Rude se dirigiu ao seu carro, dando algumas voltas, e logo após chamando Gustavo, deflagrando um tiro que o atingiu a cabeça. O atirador desceu do carro dizendo aos outros colegas o que tinha acontecido e fugiu logo em seguida.

Gustavo chegou em grave estado a Unidade de Emergência de Arapiraca (UE). O tiro entrou abaixo do olho esquerdo, fragmentou o lóbulo temporal e parte de trás da cabeça. Ele vinha reagindo bem aos tratamentos na UTI, mas contraiu uma infecção generalizada, que resultou numa pneumonia, o levando a óbito na madrugada da última quinta-feira (28).

De acordo com o delegado Gilson Melo, titular da delegacia de Olho D'Água das Flores, os três amigos que estavam com a vítima foram ouvidos e até o momento nenhum indício aponta para tentativa de homicídio, que o fez descartar a hipótese.

Conforme informado à imprensa pelo próprio delegado, iria ser solicitado as câmeras de segurança do local, mas segundo a família essas solicitações nunca foram realizadas. 

Familiares e amigos de Gustavo compartilham nas redes sociais um movimento chamado Gustavo Melo: Não foi acidente, para demonstrar a indignação pela fraca investigação do caso.

A caminhada pelas ruas de Olho Dágua das Flores é o modo como os parentes encontraram de pedir justiça. A passeata terá início na frente do Banco do Brasil da cidade e seguirá até a Igreja central, onde será realizada a missa de sétimo dia. Durante o percurso, eles cobrarão uma investigação isenta e um processo justo às autoridades do município, pois acreditam que a lentidão no caso pode ser devido a influência política da família do suspeito na redondeza.