Região Metropolitana do Agreste

Mineradora Vale Verde necessita de aporte financeiro para reiniciar atividades

Por Claudio Barbosa 01/02/2015 12h12
Mineradora Vale Verde necessita de aporte financeiro para reiniciar atividades

A Mineradora Vale Verde chegou a cidade de Craíbas, no agreste de Alagoas, em 2007. Iniciou suas atividades fazendo um trabalho de pesquisa e sondagem dos minérios existentes. Após essa etapa ter sido cumprida, a empresa comprou algumas áreas que seriam necessárias para operacionalizar. De acordo com o prefeito de Craíbas, Bruno Pedro, a mineradora possui todas as licenças necessárias e R$ 140 milhões já foram investidos.

Recentemente, foram divulgadas notícias sobre as dificuldades enfrentadas pela Vale Verde para iniciar sua operacionalização. Entrevistado no programa Comando Geral, da Rádio Novo Nordeste, o prefeito de Craíbas disse acreditar que o processo está consolidado e não há como retroagir. Bruno Pedro lembrou que as obras da nova adutora do agreste e da subestação da Eletrobrás, garantirão água e energia suficiente para as operações.

Ele disse que já esteve reunido duas vezes com o Governador do Estado, Renan Filho, buscando alternativas para que a empresa passe a funcionar o mais rápido possível. "Existe, sim, uma preocupação de que a mineradora entre num processo de estagnação e isso dificulte e desacelere esse processo de operacionalização. Mas eu acredito que, com o esforço de todos os agentes públicos, esse investimento permaneça em Craíbas", destacou Bruno Pedro, ressaltando a importância da empresa para toda a região.

A Mineradora

A comunidade local se mostra preocupada com essa desaceleração, temendo prejuízos no mercado de trabalho e, também, a perda de outros investimentos para a região. Com apoio do radialista Nasário Silva, conseguimos algumas informações do gerente geral da mineradora, engenheiro Tony Lima. Ele destacou que, no momento, 50 pessoas trabalham diretamente no projeto. Confirmou que alguns servidores foram desvinculados, por conta do encerramento de contratos e redução de atividades. O engenheiro explicou que houve a necessidade de uma redução na equipe, para enquadrar-se ao atual momento.

No entanto, Tony Lima declarou que o projeto continua forte e viável, sendo objetivo da empresa recontratar e contratar muito mais quando as operações foram reiniciadas. Para que o processo seja acelerado é preciso que haja um novo aporte de recursos. "A empresa, nesse momento, precisa ajustar a sua velocidade em função desse atraso no financiamento. A gente está num momento de compasso de espera, mas com boas perspectivas para poder retomar o projeto em breve", explicou. Quanto a exploração do minério, o engenheiro explicou que o início está previsto para "dois anos após o novo aporte de recursos" e a empresa está buscando resolver ainda neste ano de 2015, para que a operação comece em 2017.

Quanto as indenizações, foram feitos acordos coletivos com as comissões eleitas pelas próprias comissões em 2012 e, segundo Tony Lima, todos os acertos foram cumpridos fielmente. Em 2013 foram suspensas as aquisições de terras no entorno da mineradora, "mas tão logo esse aporte chegue vamos reiniciar as negociações, dentro do que foi acordado em 2012", explicou o engenheiro.