Agreste

Suspensão de operação-pipa deixa famílias sem água em Palmeira dos Índios

Por Assessoria 27/01/2014 08h08
Suspensão de operação-pipa deixa famílias sem água em Palmeira dos Índios
- Foto: Divulgação

Sobrou para a população da zona rural. O impasse causado pela suspensão da operação pipa que abastece dezenas de comunidades em Palmeira e região, após denúncias de irregularidades sobrou para milhares de famílias pobres, idosos e crianças que moram na zona rural e que não estão recebendo água em suas casas há semanas. “Os barreiros, poços e cacimbas secaram desde o ano passado e a situação que já era grave ficou ainda pior. Essas comunidades estão desabastecidas e aquelas pessoas precisando de socorro imediato” denuncia o vereador, Júlio Cezar.

A situação mais grave é principalmente nas comunidades onde não têm poço artesiano ou se existe é de baixa vazão, dessalinizador, rede de água da Casal, açude ou barreiro, ou seja, dependem unicamente do caminhão pipa para abastecer suas cisternas. Exemplo disso são as comunidades Luciana, Mandacaru, Boa Sorte e Lagoa do Mato dos Lopes todas em Palmeira dos Índios.

“Os ajustes pelo quais passam os carros-pipa são necessários para corrigir as irregularidades, e isso é bom, mas não podemos penalizar essas famílias porque elas não têm condições de pagar por um caminhão pipa particular. É necessária uma intervenção do poder público, especialmente das prefeituras para abastecer essas comunidades e minimizar esse problema ou teremos mais mortes como ocorreu ano passado? Estas famílias podem estar consumindo água de qualidade duvidosa, portanto não posso ficar omisso diante deste problema” defende Júlio Cezar.

“Algumas comunidades tiveram o abastecimento normalizado, enquanto em outras as cisternas residenciais e comunitárias completamente estão completamente vazias. É que a coordenação do programa, após entendimento com o Ministério Público (autor da ação) e a Justiça autorizem os carros-pipa que estão aptos ao transporte e já retomaram o abastecimento, em suas comunidades de origem, possam assumir provisoriamente essas comunidades. A informação de que está tudo bem ou normalizado não procede, situação beira o caos e o flagelo” critica o vereador.

Dados da Vigilância Sanitária (VS) divulgados esta semana apontam que até agora foram afastados 125 pipeiros, que apresentavam irregularidades graves. A operação pipa foi retomada pela metade, ou seja, somente com os caminhões aprovados após rigorosa inspeção da VS, determinada pelo Ministério Público e pela Justiça de Alagoas, após denúncias na imprensa.