Polícia
Saúde realiza seminário sobre tratamento da esquistossomose
Treinamento aconteceu nesta quinta-feira (19) e foi voltado para médicos dos municípios de Alagoas
19/04/2012 15h03
Médicos de 72 cidades alagoanas participaram, nesta quinta-feira (19), de uma atualização em diagnóstico e tratamento da esquistossomose. Focado nas formas graves da doença, o evento foi realizado pela Secretaria de Saúde (Sesau) e contou com palestras dos pesquisadores Naftale Katz, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Teresa Ferrari, da Universidade de Minas Gerais.
Durante o treinamento, os profissionais dos municípios assistiram a um breve histórico da descoberta da enfermidade e a explanações sobre métodos e meios de diagnóstico, formas clínicas e epidemiologia e controle, todas comandadas pelo professor Naftale, vice-chefe do laboratório de esquistossomose do Centro de Pesquisas René Rachou, ligado à Fiocruz.
Na oportunidade, o especialista ressaltou a necessidade de um tratamento eficaz e precoce. “A melhor maneira de combate é o tratamento para as formas graves. Ele não impede a reinfecção, mas, tratando os pacientes, conseguimos diminuir muito o número de casos, inclusive prevenindo o aparecimento das formas neurais da doença”, explicou o professor.
Já Teresa Ferrari, pesquisadora de imunobiologia em doenças infecciosas e parasitárias, falou sobre a epidemia e o controle da mielorradiculopatia esquistissomótica, uma das formas mais grave e incapacitantes da infecção causada pelo Schistosoma mansoni. A variação é uma das formas neurais e pode deixar graves sequelas se não tratada a tempo.
“Caso não tratado logo, o paciente terá lesões irreversíveis, como a paraplegia. O problema é o avanço rápido da doença, o que faz com que esses casos sejam emergenciais. Já o tratamento é igual, acrescentando apenas o uso de corticóides.”, disse ela, lembrando que o contágio acontece da mesma maneira – a diferença é a migração do parasita, que se aloja na medula.
No evento, foi apresentada ainda a situação da enfermidade no Estado, assim como as ações da Sesau voltadas para o combate. A palestra foi ministrada pela coordenadora estadual do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose do órgão, Jean Lúcia dos Santos, que expôs dados sobre a doença. Segundo ela, foram registrados 62 óbitos em 2011.
Já os casos graves foram responsáveis por sete notificações este ano. “Estes números são altos e se devem, principalmente, à falta de saneamento básico nas cidades. Alagoas é rico em recursos hídricos, sendo as bacias dos Rios Mundaú e Paraíba os principais focos do agravo. Atualmente, temos 70 municípios endêmicos e nosso objetivo é melhorar o atendimento”, disse ela.
Jean Lúcia dos Santos esclareceu que tanto o diagnóstico quanto o tratamento – feito com antiparasitários – são realizados pela atenção básica dos municípios e os medicamentos são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde. Os remédios são padronizados para todo o Brasil e enviados pelo Ministério da Saúde (MS).
Sintomas
Os sintomas mais comuns da esquistossomose são diarréia, febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, aumento de volume do fígado e hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidos. Ao apresentar estes sintomas, o paciente deve procurar atendimento médico imediatamente.
Durante o treinamento, os profissionais dos municípios assistiram a um breve histórico da descoberta da enfermidade e a explanações sobre métodos e meios de diagnóstico, formas clínicas e epidemiologia e controle, todas comandadas pelo professor Naftale, vice-chefe do laboratório de esquistossomose do Centro de Pesquisas René Rachou, ligado à Fiocruz.
Na oportunidade, o especialista ressaltou a necessidade de um tratamento eficaz e precoce. “A melhor maneira de combate é o tratamento para as formas graves. Ele não impede a reinfecção, mas, tratando os pacientes, conseguimos diminuir muito o número de casos, inclusive prevenindo o aparecimento das formas neurais da doença”, explicou o professor.
Já Teresa Ferrari, pesquisadora de imunobiologia em doenças infecciosas e parasitárias, falou sobre a epidemia e o controle da mielorradiculopatia esquistissomótica, uma das formas mais grave e incapacitantes da infecção causada pelo Schistosoma mansoni. A variação é uma das formas neurais e pode deixar graves sequelas se não tratada a tempo.
“Caso não tratado logo, o paciente terá lesões irreversíveis, como a paraplegia. O problema é o avanço rápido da doença, o que faz com que esses casos sejam emergenciais. Já o tratamento é igual, acrescentando apenas o uso de corticóides.”, disse ela, lembrando que o contágio acontece da mesma maneira – a diferença é a migração do parasita, que se aloja na medula.
No evento, foi apresentada ainda a situação da enfermidade no Estado, assim como as ações da Sesau voltadas para o combate. A palestra foi ministrada pela coordenadora estadual do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose do órgão, Jean Lúcia dos Santos, que expôs dados sobre a doença. Segundo ela, foram registrados 62 óbitos em 2011.
Já os casos graves foram responsáveis por sete notificações este ano. “Estes números são altos e se devem, principalmente, à falta de saneamento básico nas cidades. Alagoas é rico em recursos hídricos, sendo as bacias dos Rios Mundaú e Paraíba os principais focos do agravo. Atualmente, temos 70 municípios endêmicos e nosso objetivo é melhorar o atendimento”, disse ela.
Jean Lúcia dos Santos esclareceu que tanto o diagnóstico quanto o tratamento – feito com antiparasitários – são realizados pela atenção básica dos municípios e os medicamentos são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde. Os remédios são padronizados para todo o Brasil e enviados pelo Ministério da Saúde (MS).
Sintomas
Os sintomas mais comuns da esquistossomose são diarréia, febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, aumento de volume do fígado e hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidos. Ao apresentar estes sintomas, o paciente deve procurar atendimento médico imediatamente.
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