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PMDB rebelde acusa governo de privilegiar PT em eleição
Primeira versão de manifesto foi assinada por 45 integrante do partido que será entregue na terça<br />
04/03/2012 15h03
Por meio de um manifesto que deve ser entregue na próxima terça-feira, o grupo de rebeldes do PMDB vai acusar o governo Dilma Rousseff de privilegiar o PT no processo de formação das candidaturas para a disputa das eleições municipais deste ano.
A reportagem teve acesso à primeira versão do documento que está em fase final de elaboração e já conta com a assinatura de 45 dos 76 deputados federais _mais oito nomes devem assinar texto antes da entrega ao vice Michel Temer.
Iniciado no ano passado, o movimento ganhou força na última semana após a nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para o Ministério da Pesca. O principal motivo da mudança da pasta foi ajudar na formação do palanque da candidatura de Fernando Haddad (PT) na cidade de São Paulo.
“Nós estamos vivendo numa encruzilhada, onde o Partido dos Trabalhadores se prepara com ampla estrutura governamental para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como o maior partido de base municipal no País”, diz o manifesto.
O movimento rebelde peemedebista é articulado, sobretudo, pela bancada de deputados do partido chamada “Novos”, com primeiro mandato na Câmara, e pelo grupo Afirmação Democrática, integrado basicamente por representantes do partido na região Sul do País.
Ainda no manifesto que tem ganhado o apoio de setores da cúpula do partido, os rebeldes afirmam haver uma relação “desigual e injusta” com o PT. "É visível o esforço do governo para fortalecer o Partido dos Trabalhadores", conclui o texto.
Leia a íntegra da primeira versão do manifesto:
“Ao presidente senador Valdir Raupp, com cópia para o vice-presidente da República Michel Temer, o líder deputado Henrique Eduardo Alves e o líder senador Renan Calheiros,
O PMDB é o maior partido do Brasil, partido com o maior de governadores e senadores. Tem a segunda maior bancada federal e conta com o maior número de deputados estaduais e prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
É um partido construído na luta pela democracia, pela modernização do Estado brasileiro e tem como base essencial o municipalismo. A grande maioria dos seus quadros vem da mobilização municipal, com um histórico de grandes projetos realizados nos municípios e no Estados em que governa.
Esse PMDB - que hoje tem o vice-presidente da República - encontra dificuldades crescentes para o seu fortalecimento político e nas alianças que têm hoje com o Partido dos Trabalhadores, particularmente com o governo federal. E em todo o processo de decisão das políticas do governo federal, onde não passam pela discussão, o debate, com os partidos da base e com o próprio PMDB.
As dificuldades vão além. Hoje o partido não consegue promover avanços. Nós estamos vivendo numa encruzilhada, onde o Partido dos Trabalhadores se prepara com ampla estrutura governamental para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como o maior partido de base municipal no País.
É uma relação desigual, injusta com a história e a parceria que o PMDB sempre tem prestado ao Partido dos Trabalhadores, desde que integra sua base do governo, a partir de 2007, no segundo mandato do governo Lula e, mais ainda, na postura serena e digna do vice-presidente da República Michel Temer.
No entanto, na sua pauta de decisão e decisões maiores, o PMDB não tem participado e é visível o esforço do governo para fortalecer o Partido dos Trabalhadores.
Diante disso, nos propormos no Encontro Nacional das Bases Peemedebistas, para o dia 25 de abril, em Brasília, onde os representantes dos municípios, vereadores, prefeitos, presidente de diretórios de todo o País possam vir a Brasília participar do debate, visando uma retomada na mobilização municipalista com vistas às eleições de 2012.”
A reportagem teve acesso à primeira versão do documento que está em fase final de elaboração e já conta com a assinatura de 45 dos 76 deputados federais _mais oito nomes devem assinar texto antes da entrega ao vice Michel Temer.
Iniciado no ano passado, o movimento ganhou força na última semana após a nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para o Ministério da Pesca. O principal motivo da mudança da pasta foi ajudar na formação do palanque da candidatura de Fernando Haddad (PT) na cidade de São Paulo.
“Nós estamos vivendo numa encruzilhada, onde o Partido dos Trabalhadores se prepara com ampla estrutura governamental para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como o maior partido de base municipal no País”, diz o manifesto.
O movimento rebelde peemedebista é articulado, sobretudo, pela bancada de deputados do partido chamada “Novos”, com primeiro mandato na Câmara, e pelo grupo Afirmação Democrática, integrado basicamente por representantes do partido na região Sul do País.
Ainda no manifesto que tem ganhado o apoio de setores da cúpula do partido, os rebeldes afirmam haver uma relação “desigual e injusta” com o PT. "É visível o esforço do governo para fortalecer o Partido dos Trabalhadores", conclui o texto.
Leia a íntegra da primeira versão do manifesto:
“Ao presidente senador Valdir Raupp, com cópia para o vice-presidente da República Michel Temer, o líder deputado Henrique Eduardo Alves e o líder senador Renan Calheiros,
O PMDB é o maior partido do Brasil, partido com o maior de governadores e senadores. Tem a segunda maior bancada federal e conta com o maior número de deputados estaduais e prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
É um partido construído na luta pela democracia, pela modernização do Estado brasileiro e tem como base essencial o municipalismo. A grande maioria dos seus quadros vem da mobilização municipal, com um histórico de grandes projetos realizados nos municípios e no Estados em que governa.
Esse PMDB - que hoje tem o vice-presidente da República - encontra dificuldades crescentes para o seu fortalecimento político e nas alianças que têm hoje com o Partido dos Trabalhadores, particularmente com o governo federal. E em todo o processo de decisão das políticas do governo federal, onde não passam pela discussão, o debate, com os partidos da base e com o próprio PMDB.
As dificuldades vão além. Hoje o partido não consegue promover avanços. Nós estamos vivendo numa encruzilhada, onde o Partido dos Trabalhadores se prepara com ampla estrutura governamental para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como o maior partido de base municipal no País.
É uma relação desigual, injusta com a história e a parceria que o PMDB sempre tem prestado ao Partido dos Trabalhadores, desde que integra sua base do governo, a partir de 2007, no segundo mandato do governo Lula e, mais ainda, na postura serena e digna do vice-presidente da República Michel Temer.
No entanto, na sua pauta de decisão e decisões maiores, o PMDB não tem participado e é visível o esforço do governo para fortalecer o Partido dos Trabalhadores.
Diante disso, nos propormos no Encontro Nacional das Bases Peemedebistas, para o dia 25 de abril, em Brasília, onde os representantes dos municípios, vereadores, prefeitos, presidente de diretórios de todo o País possam vir a Brasília participar do debate, visando uma retomada na mobilização municipalista com vistas às eleições de 2012.”
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