Polícia
?Hanseníase deve ser detectada na Atenção Básica?, diz técnica do MS
15/09/2011 14h02
Durante o Seminário “Hanseníase: priorizando os municípios que tem baixa detecção de casos”, ocorrido nesta quinta-feira (15), no Hotel Enseada, em Maceió, a coordenadora do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase do Ministério da Saúde, Rosa Castália, afirmou que a doença deve ser detectada e tratada na atenção básica. Isso porque, quando isso acontece, é evitada a subnotificação e as chances de cura dos pacientes aumentam consideravelmente, evitando que eles fiquem com seqüelas.
Segundo Rosa Castália, reunir os técnicos com municípios que apresentam baixa detecção foi relevante para sensibilizá-los à importância de ser realizada a busca ativa por casos. Realidade que se deve ao fato de Alagoas fazer limite com estados que apresentam grande número de incidência da doença. Por isso, fatalmente o percentual de casos locais deve ser maior do que notificado atualmente.
“Sabemos que grande parte das decisões inerentes à saúde diz respeito a decisões políticas, mas os técnicos da área devem trabalhar com um olhar focado na prevenção e na detecção precoce de doenças. Com isso, estaremos evitando que as vítimas apresentem sequelas, que muitas vezes são irreversíveis e cujas doenças poderiam ter sido tratadas adequadamente e no tempo correto”, destacou Rosa Castália.
Alerta – Situação que foi alertada pela gerente estadual de Agravos de Transmissão Respiratória, Sexual e Imunopreviníveis, Ednalva Araújo. De acordo com ela, em 2010 foram registrados em Alagoas 389 casos de Hanseníase e, de janeiro a agosto de 2011, já são 211 casos. Número que deve ser superior, já que existe subnotificação.
“Os municípios sem o registro de nenhum caso se tornaram motivo de preocupação, pois fatalmente a doença pode estar no território, mas, de forma silenciosa. Outro problema é o fato de que detectamos crianças menores de 15 anos com a hanseníase e, essa realidade mostra que elas estão convivendo com familiares que têm a doença e que não foram detectados”, alertou Ednalva Araújo.
Ainda de acordo com a Ednalva Araújo, outro problema preocupante é o fato de o percentual de cura da doença ser de 85%. Realidade que está abaixo do limite mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), que é de 90%.
A doença - A Hanseníase é uma doença causada pelo Bacilo de Hansen e também é conhecida como Lepra, que atinge a pele e os nervos, tendo como sinais manchas esbranquiçadas e avermelhadas, onde não há sensibilidade. Tão logo apareçam os primeiros sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde, uma vez que o tratamento, que dura entre seis e 12 meses, é importante para a cura e impede as deformidades físicas.
Ela atinge pés, mãos, nervos dos braços, rosto, orelhas, nariz e olhos, sendo que o tempo entre o contágio e o surgimento dos primeiros sintomas pode variar dois a dez anos. A Hanseníase é transmitida por meio das vias respiratórias, da tosse e do espirro, mas não passa através de abraços, aperto de mão e carinho, não sendo necessário separar roupas, pratos, talheres e copos.
O Brasil ocupa o 2º lugar no mundo em número de casos. A Índia é o primeiro lugar no mundo entre os 121 países apontados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com os maiores registros de casos de hanseníase. Apesar da redução do número de casos registrados nos últimos dez anos, a taxa de incidência da hanseníase é considerada alta no Brasil, principalmente nas regiões do Norte e Nordeste.
Segundo Rosa Castália, reunir os técnicos com municípios que apresentam baixa detecção foi relevante para sensibilizá-los à importância de ser realizada a busca ativa por casos. Realidade que se deve ao fato de Alagoas fazer limite com estados que apresentam grande número de incidência da doença. Por isso, fatalmente o percentual de casos locais deve ser maior do que notificado atualmente.
“Sabemos que grande parte das decisões inerentes à saúde diz respeito a decisões políticas, mas os técnicos da área devem trabalhar com um olhar focado na prevenção e na detecção precoce de doenças. Com isso, estaremos evitando que as vítimas apresentem sequelas, que muitas vezes são irreversíveis e cujas doenças poderiam ter sido tratadas adequadamente e no tempo correto”, destacou Rosa Castália.
Alerta – Situação que foi alertada pela gerente estadual de Agravos de Transmissão Respiratória, Sexual e Imunopreviníveis, Ednalva Araújo. De acordo com ela, em 2010 foram registrados em Alagoas 389 casos de Hanseníase e, de janeiro a agosto de 2011, já são 211 casos. Número que deve ser superior, já que existe subnotificação.
“Os municípios sem o registro de nenhum caso se tornaram motivo de preocupação, pois fatalmente a doença pode estar no território, mas, de forma silenciosa. Outro problema é o fato de que detectamos crianças menores de 15 anos com a hanseníase e, essa realidade mostra que elas estão convivendo com familiares que têm a doença e que não foram detectados”, alertou Ednalva Araújo.
Ainda de acordo com a Ednalva Araújo, outro problema preocupante é o fato de o percentual de cura da doença ser de 85%. Realidade que está abaixo do limite mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), que é de 90%.
A doença - A Hanseníase é uma doença causada pelo Bacilo de Hansen e também é conhecida como Lepra, que atinge a pele e os nervos, tendo como sinais manchas esbranquiçadas e avermelhadas, onde não há sensibilidade. Tão logo apareçam os primeiros sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde, uma vez que o tratamento, que dura entre seis e 12 meses, é importante para a cura e impede as deformidades físicas.
Ela atinge pés, mãos, nervos dos braços, rosto, orelhas, nariz e olhos, sendo que o tempo entre o contágio e o surgimento dos primeiros sintomas pode variar dois a dez anos. A Hanseníase é transmitida por meio das vias respiratórias, da tosse e do espirro, mas não passa através de abraços, aperto de mão e carinho, não sendo necessário separar roupas, pratos, talheres e copos.
O Brasil ocupa o 2º lugar no mundo em número de casos. A Índia é o primeiro lugar no mundo entre os 121 países apontados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com os maiores registros de casos de hanseníase. Apesar da redução do número de casos registrados nos últimos dez anos, a taxa de incidência da hanseníase é considerada alta no Brasil, principalmente nas regiões do Norte e Nordeste.
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