Educação
Cinco anos de Ufal Arapiraca: Ao invés de comemoração, alunos fazem protesto
Vestidos de preto e segurando faixa, alunos fecham a rodovia AL-115 e pedem segurança.
15/09/2011 11h11
No dia em que a Ufal Arapiraca completa 5 anos, não se têm muito o que comemorar. Ao invés disso, alunos, professores e técnicos realizam uma manifestação para cobrar soluções de segurança para o Campus.
Vestidos de preto e segurando faixa, os alunos bloquearam a Al-115, em frente a Universidade, para chamar a atenção das autoridades e cobrar uma posição com relação ao perigo da Ufal estar localizada ao lado do Presídio de Arapiraca.
No último dia 04 de setembro, durante a realização das provas do concurso do Ifal, dez presos fugiram do presídio Desembargador Luiz de Oliveira de Souza e invadiram a universidade, causando pânico entres os candidatos e organizadores do concurso.
O episódio chamou a atenção de toda a mídia e autoridades do Estado. Porém, esta não foi a primeira vez. Já houve casos de fuga no presídio em que os presos invadiram salas, trocaram tiros e vidraças foram estilhaçadas.
Após a última fuga, a situação se tornou insuportável. Uma comissão formada por alunos, professores e técnicos resolveram organizara uma manifestação para chamar a atenção das autoridades. Um abaixo assinado, pedindo segurança para o Campus.
De acordo com o professor Ricardo Victor, coordenador do curso de Arquitetura, alunos e funcionários vivem uma situação de perigo constante. Ele disse ainda que a área cedida para a Universidade “abraça” o presídio, ou seja, futuramente o presídio pode ficar no meio da Universidade.
“A nossa luta não é uma questão higienista, mas é uma questão de maior segurança para nós, professores, técnicos e alunos. Trata-se de uma incompatibilidade de uso. Não há como permanecermos a mercê de uma bala perdida. Além do amor à s nossas vidas, somos responsáveis pela integridade física e emocional dos nosso alunos”, afirmou o professor.
Os alunos também querem uma solução. Para eles, ou a Ufal ou presídio tem que ir para outro local, pois não tem como ir para as aulas tranqüilos. Para a estudante de arquitetura Leonara Niedja, o medo é constante. A gente assiste aula esperando alguma coisa acontecer, principalmente na minha sala que é do lado do muro do presídio. “Daí a gente fica olhando, com medo de que alguém pule de novo e os agentes comecem a invadir a Ufal atirando”, declarou a aluna.
Mesa redonda
Além da manifestação de hoje (15), na próxima segunda (19) haverá uma mês redonda. Foram convidadas todas as autoridades de segurança, o Reitor, alunos, professores e comunidade.
A mesa redonda será para discutir soluções de segurança para o Campus da Ufal Arapiraca e está marcada para as 8h30, na Universidade.
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