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Presidente da Federação Alagoana de Futebol defende extinção das organizadas

Por Claudio Barbosa 09/05/2016 16h04
Presidente da Federação Alagoana de Futebol defende extinção das organizadas

O presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Felipe Feijó, declarou nesta segunda-feira (09), que a entidade deverá reforçar o pedido de extinção das torcidas organizadas. É uma discussão antiga, que ganhou força após os episódios registrados após a final do campeonato alagoano, envolvendo CSA x CRB, na tarde do domingo (08), no estádio Rei Pelé.

Participam da discissão para o fim das organizadas, o Ministério Público, Tribunal de Justiça e Conselho de Segurança Pública de Alagoas. As equipes não deverão ser punidas, porque na avaliação da FAF os mesmos não tiveram responsabilidade pelos atos praticados pelos vândalos. Todas as imagens serão encaminhadas ao Ministério Público e órgãos oficiais envolvidos na discussão.

Em 2015, a Federação Alagoana chegou a pedir a extinção das torcidas organizadas, porém, foi recusado pelo Tribunal de Justiça. “Diante do que aconteceu, nosso primeiro passo será reforçar esse pedido de extinção", destacou Felipe Feijó.

Repercussão internacional

As cenas de violência alcançaram repercussão nacional e, como consequência, internacional. Olé, principal jornal esportivo da Argentina, destacou principalmente o espancamento sofrido pelo jovem Nadjevwison da Silva, de 17 anos, no gramado do Rei Pelé. O jovem já recebeu alta do H.G.E e está em casa.

As cenas também ganharam destaque no Mundo Deportivo (Espanha), o italiano La Stampa, no americano Screamer Deadspin e o canadense Global News.

Crime Organizado

Durante entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira em Maceió, o governador Renan Filho, opinou que o "crime organizado está infiltrado em torcidas" e defendeu que as próximas partidas entre os clubes aconteçam com torcida única.

"O ideal era o estádio ser dividido metade para uma torcida e metade para outra, mas infelizmente não é possível. Esse atual modelo, onde há 15 mil torcedores de um clube e 3 mil de outro propicia uma batalha campal. Por isso, é preciso tomar medidas urgentes", concluiu o Governador.