Natação
Bento XVI escreveu 1ª encíclica de Francisco
06/07/2013 17h05
Foi publicada nesta sexta-feira a primeira encíclica de Francisco. Mas, do atual papa, a única coisa certa é a assinatura, dizem os especialistas. O texto Lumen Fidei - Luz da Fé, em português - traz o estilo do papa que renunciou em fevereiro, quando a obra estava inconclusa.
Da linguagem aos teólogos citados, tudo indica que foi Bento XVI o autor da encíclica - carta que o papa escreve aos bispos e fiéis. Mesmo porque a explanação sobre a fé completa a tríade que ele iniciou durante seu pontificado (2005-2013), quando já havia escrito sobre as virtudes da caridade e da esperança.
"É uma encíclica filosófica, com citações eruditas, não tem o 'cheiro de ovelha' (referência ao contato próximo com o fiel) de Francisco. Além disso, traz excertos de Santo Agostinho. E Ratzinger (Bento XVI) é um agostiniano nato", afirma Fernando Altemeyer, teólogo da PUC-SP.
Se há a mão de Francisco, é muito difícil de detectar, afirma o diretor do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba. "Definitivamente, não se pode dizer que foi feita a quatro mãos." O teólogo acredita que cabe a Francisco duas passagens em que aparece o pronome eu - Bento costuma escrever em terceira pessoa -, além da referência a São Francisco de Assis, de quem o atual papa "emprestou" o nome ao se tornar sucessor de Pedro.
Assinar o texto do antecessor, diz Borba, não é nenhum demérito. "Ao contrário, é sinal de comunhão entre eles."
Da linguagem aos teólogos citados, tudo indica que foi Bento XVI o autor da encíclica - carta que o papa escreve aos bispos e fiéis. Mesmo porque a explanação sobre a fé completa a tríade que ele iniciou durante seu pontificado (2005-2013), quando já havia escrito sobre as virtudes da caridade e da esperança.
"É uma encíclica filosófica, com citações eruditas, não tem o 'cheiro de ovelha' (referência ao contato próximo com o fiel) de Francisco. Além disso, traz excertos de Santo Agostinho. E Ratzinger (Bento XVI) é um agostiniano nato", afirma Fernando Altemeyer, teólogo da PUC-SP.
Se há a mão de Francisco, é muito difícil de detectar, afirma o diretor do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba. "Definitivamente, não se pode dizer que foi feita a quatro mãos." O teólogo acredita que cabe a Francisco duas passagens em que aparece o pronome eu - Bento costuma escrever em terceira pessoa -, além da referência a São Francisco de Assis, de quem o atual papa "emprestou" o nome ao se tornar sucessor de Pedro.
Assinar o texto do antecessor, diz Borba, não é nenhum demérito. "Ao contrário, é sinal de comunhão entre eles."
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