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Fruticultura está perto de ter um tipo de laranja mais doce e precoce

O uso de novas cultivares copa dar&aacute; maior competitividade &agrave; citricultura brasileira<br />

Por NR 23/08/2012 09h09
A citricultura moderna enfrenta desafios que precisam ser resolvidos, principalmente, em relação à diversidade genética dos pomares, a fim de otimizar o processo produtivo e induzir a sustentabilidade do setor. “É restrito o número de cultivares nos pomares comerciais, embora a diversidade de gêneros, espécies, cultivares e clones de citros seja grande. Porém, o processamento industrial baseia-se em quatro cultivares principais que são a ‘Hamlin’ como precoce, a ‘Pêra’ como meia estação e a ‘Natal’ e ‘Valência’ como tardias”, explica Marina Maitto Caputo, do programa de pós-graduação (PPG) em Fitotecnia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ).

A Dra Marina é a autora da pesquisa que sugere a vantagem do investimento em cultivares precoces oferecendo frutos de qualidade para o processamento industrial e para o consumo “in natura” em época de grande demanda e baixa disponibilidade de frutos. A pesquisadora destaca que alicerçada nessas quatro cultivares, o processamento industrial de sucos utiliza-se de frutos de junho a dezembro com maior intensidade, e até fevereiro do ano seguinte quando a oferta diminui, sendo março a maio o período de entressafra. Assim, é de extrema importância selecionar cultivares que produzam nesse período.

Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi avaliar o desempenho agronômico de doze cultivares de laranja doce de maturação precoce e identificar aquelas superiores à laranja ‘Hamlin’ (cultivar precoce e padrão), a fim de oferecer ao citricultor, novas opções que produzam frutos de qualidade, tanto para fruta “in natura” como para processamento industrial e que tenham produção antecipada. Foram avaliadas as cultivares ‘Hamlin’, ‘Westin’, ‘Pineapple’, ‘Rubi’, ‘Seleta Vermelha’, ‘Majorca’, ‘Valência 2’, ‘Olivelands’, ‘Kawatta’, ‘IAPAR 73’, ‘Salustiana’ e ‘Valência Americana’.

O uso de novas cultivares copa dará maior competitividade à citricultura brasileira. Além disso, implicará na ampliação da oferta de frutos em épocas de menor disponibilidade, beneficiando toda a cadeia produtiva”, explica a pesquisadora.