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Portal 7 Segundos lembra os 7 anos da morte de Bezerra da Silva

Natural do Recife (PE), o sambista faleceu aos 77 anos no Rio de Janeiro 

17/01/2012 07h07
José Bezerra da Silva foi um cantor, compositor e violonista, percussionista e interprete brasileiro dos gêneros musical Coco e Partido Alto, subgêneros do Samba. Considerado o embaixador dos morros e favelas, cantou sobre os problemas sociais encontrados dentro das comunidades, se apresentando no limite da marginalidade e da indústria musical, também é considerado um dos principais expoentes do samba do estilo partido alto.

Foi a partir da série Partido Alto Nota 10 que Bezerra da Silva começou a encontrar o público. O repertório dos discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra. Antes do Hip Hop brasileiro, ele passou a mostrar a sua realidade em músicas como: "Malandragem Dá um Tempo", "Sequestraram Minha Sogra", "Defunto Caguete", "Bicho Feroz", "Overdose de Cocada", "Malandro Não Vacila", "Meu Pirão Primeiro", "Lugar Macabro", "Piranha", "Pai Véio 171", "Candidato Caô Caô".

Em 1995 gravou pela gravadora carioca CID "Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert", uma paródia ao show dos três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. O sambista virou livro em 1998, com "Bezerra da Silva - Produto do Morro", de Letícia Vianna.

Faleceu numa segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005, aos 77 anos de idade, eternizando-se no mundo do samba. De acordo com o último boletim médico, a causa do óbito foi falência múltipla dos órgãos.

O curioso desta data é que Bezerra se auto-intitulava "bom malandro", por isso quando morresse, queria que não fosse numa sexta-feira ou feriado, para não atrapalhar a praia dos amigos. E morreu numa segunda-feira - ou seja, depois do fim-de-semana e no dia 17 de janeiro, o primeiro mês do ano. Se foi o rei do SAMBA deixando todos abalados pela sua morte.

Outro fato curioso, lembrado pelo sambista e amigo Dicró, foi que a morte de Bezerra da Silva se deu no dia 17/1, uma verdadeira sátira ao 171 tão aclamado em suas músicas. "Malandro é malandro e mané é mané"