atualizada em 14/06/2018 às 10h05

Não foi apenas mais um integrante do primeiro escalão do governo municipal que ‘jogou a toalha’. Desta vez, um dos homens de total confiança do prefeito Rogério Teófilo (PSDB) decidiu dar um tempo no serviço público para se dedicar integralmente à família e aos negócios particulares, inclusive no exterior.

O empreendedor Adoniran Guerra, que estava à frente da Coordenação Geral de Aquisição de Bens e Serviços de Arapiraca, passou o bastão à frente e agora ocupa o seleto grupo de dissidentes da gestão tucana, que desde o início do mandato já viu onze secretarias mudarem de comando pelos mais variados motivos, sendo que a maioria saiu por razões de ordem pessoal ou rompimento com o prefeito.

"Adeus também foi feito pra se dizer" 

Adoniran está aproveitando os últimos dias à frente da superintendência de compras para agradecer a cada servidor de sua equipe pelo trabalho e dedicação durante os quase 18 meses em que ele respondeu pela pasta, apesar de ter dito, logo no início da gestão, que não ficaria até o fim do mandato de Teófilo por conta de suas ocupações em suas empresas e até porque pretende dedicar mais tempo à família.

"Cá com meus botões" 

Se não fossem pelas incontáveis vezes que Adoniran dizia que seu prazo estava expirando na Coordenação de Bens e Serviços do município, sua saída poderia até ter sido interpretada como estratégia para fugir dos holofotes, após denúncias de que sua pasta teria sido responsável pela aquisição de materiais para secretaria de Educação, incluindo centenas de carteiras escolares, sem o processo de licitação, o que já foi desmentido pelo ex-coordenador.

Ele explicou que o material e os serviços executados em dezembro de 2017 tiveram que percorrer outro caminho, ou seja, foram feitas adesões a atas de compras de outros Estados e tudo dentro do que a Lei permite nestes casos onde não havia tempo para aguardar todo o processo licitatório às vésperas do fim do ano. De acordo com Adoniran Guerra, caso as compras não fossem feitas pelo mecanismo de adesão à atas, a prefeitura poderia ter sofrido punições, já que não teria fechado o ano com gasto mínimo de 25% na Educação, conforme preconiza a Lei.

 

Pela ordem, já se foram:

- Julio Houly, ex-secretário de Agricultura e Meio Ambiente (problemas pessoais)

- Henrique Vasconcelos, ex-procurador-geral (decisão de foro íntimo)

- Deisy Santos, ex-superintendente de Iluminação Pùblica (remanejamento)

- Ricardo Barreto, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo (para disputar a eleição de outubro)

- Mônica Pessoa, ex-secretária de Educação e Esporte (rompimento)

- Vanessa Sampaio, ex-secretária de Serviços Públicos (rompimento)

- Aurélia Fernandes, ex-secretária de Saúde (voltou ao cargo de vereadora)

- Karine Lima, interina da Saúde (ocupou o cargo por apenas 15 dias)

- Roberto Amaral, ex-secretário de Agricultura e Meio Ambiente (deixou a vaga por conta de acordo de Teófilo com o deputado Arthur Lira)

- Silvestre Rizzatto, ex-secretário de Cultura (remanejamento)

- Adoniran Guerra, ex-coordenador geral de aquisição de bens e serviços (questões pessoais)