Os vereadores resolveram recuar e não enfrentar a secretária municipal de educação de Arapiraca, Mônica Pessoa, - cunhada do deputado Severino Pessoa (PSD) - diante da acusação de que um vereador havia pedido o rateio dos cargos disponíveis para o PSS entre eles.

A presidente da Câmara, Graça Lisboa (PDT),  preferiu amenizar a situação classificando as acusações da secretária como “desconhecimento dos problemas da pasta”, apesar da mesma já ter experiência na gestão da educação, quando coordenadora estadual.

Entretanto, nem tudo ficará como dito por não dito e os vereadores decidiram que vão analisar cada documento entregue pelos aprovados no PSS, realizado pela prefeitura.

Para isso, uma comissão de “notáveis” foi formada para análise dos títulos apresentados pelos aprovados e que aqueles considerados suspeitos poderão se transformar em inquérito policial, com a possibilidade dos candidatos serem indiciados e ter a prisão preventiva decretada por falsidade ideológica e falsificação de documentos.

De acordo com comentários nos bastidores da política, esse processo de análise da documentação pode servir também de instrumento de barganha entre o Legislativo e o Executivo. Podendo até mesmo ser pedida a cabeça da secretária de educação, que, na opinião de um vereador, atingiu moralmente a integridade dos trabalhos do Poder Legislativo.

Caos na educação

Paralelamente às denúncias contra a gestão do prefeito Rogério Teófilo (PSDB), que transformaram a educação do município em um caos, os pais dos alunos da rede municipal cobram o início das aulas em todas as escolas. O inicio do ano letivo estava previsto para iniciar no dia 27 de março, mas vem sedo protelado e agora a nova data seria dia 6 de abril.

Contudo, para os integrantes do Sinteal em Arapiraca e para a própria presidente da Câmara, Graça Lisboa, as aulas não têm como serem iniciadas devido à falta de planejamento, até porque os aprovados no PSS precisam de tempo de elaborar seus planos de trabalho.