Mozart Luna

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Marchante ameaçam parar fornecimento de carne no Agreste

Marchante alegam que estariam sendo lesado no peso

02/03/2017 08h08
Marchante ameaçam parar fornecimento de carne no Agreste

 

Os produtores e marchantes em Arapiraca ameaçam paralisar o fornecimento de boi para o abate no frigorífico Frigovale, colocando em risco o abastecimento na região Agreste. Entretanto a direção do empreendimento descarta essa possibilidade, visto que atualmente a Frigovale está aberta para receber animais de outras regiões. Os produtores realizaram ontem um protesto na AL 115, em frente ao empreendimento alegando que estão tendo prejuízos na limpeza das carcaças. A perda seria de 10 quilogramas por animais e segundo os representantes dos produtores, a FrigoVale estaria se apropriando dessa carne. Os produtores acusam também o empreendimento de não estar concedendo a isenção de R$ 30,00, a título de impostos, concedido pelo Governo do Estado. A direção da FrigoVale rebateu com veemência as acusações dos produtores, alegando que a limpeza das carcaças é realizada dentro dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária e pela Adeal. Segundo André Seabra, diretor da FrigoVale, os produtores querem se deixe gorduras e pedaços de tecidos, que não servem ao consumo humano, contrariando as normas de qualidade e prejudicando o consumidor. Seabra disse ainda que a isenção dos impostos está sendo aplicado desde quando a FrigoVale foi inaugurada, dentro de um pacote de benefícios que foi concedido aos produtores, como forma de adaptação ao novo processo de abate. O diretor recomendou aos produtores que tenham calma e se organizem para crescer junto com a FrigoVale visto que o empreendimento tem projetos arrojados, para o desenvolvimento do setor de carnes na região Agreste. 

Ministério Público

Os produtores disseram um acordo no Ministério Público permite o acompanhamento do abate dos animais. A direção da FrigoVale disse que este direito é consentido, já que existe a sala do produtor, onde se acompanha o processo, inclusive através de câmeras de vídeo. “Entretanto eles ele querem estar dentro da linha de produção, manuseando as cárneas o que não permitido” disse André Seabra.Os produtores reivindicam a pesagem das partes que são rejeitadas no processo de limpeza das carcaças. Segundo os representantes dos produtores isso seriam fundamental para se ter uma ideia do prejuízo que eles estariam tendo. Na opinião dos produtores, a dispensa dessas partes é o motivo do impasse.

Os organizadores do protesto realizado ontem na frente da FrigoVale em Arapiraca relataram o clima de tensão que eles vivem e comentaram até mesmo em desesperos de alguns que estão tendo prejuízo no abate dos animais. Eles reclamam que solicitaram uma reunião ano passado com direção do empreendimento, que até não deram uma resposta para iniciar uma negociação.Em meio a essa quebra de braço entre produtores e FrigoVale, a prefeitura de Arapiraca é quem fatura mensalmente muito dinheiro com o contrato de comandado pago pela empresa, que venceu o processo licitatório dentro dos parâmetros da legalidade. A aérea e a instalações foram construídas com recursos público, oriundo do Governo Federal, através da Codevasf. Um investimento de R$ 8 milhões.

Para atender aos critérios exigidos para o abate de animais, a FrigoVale investiu mais R$ 12 milhões em ampliação da área e equipamentos. O projeto original proposto pelo governo não atendia as normas exigidas para o abate dos animais. Segundo a direção da empresa, hoje o empreendimento deu a carne comercializada no Agreste, qualidade o que ocasionou o aumento das vendas.A movimentação dos produtores é entendida por alguns, como parte de uma articulação para fazer voltar ao passado, quando a prefeitura era responsável pelo abate dos animais, concedendo para isso benesses aos produtores, como a ingerência no processo de abate. Já os produtores desejam apenas evitar prejuízos com a venda dos animais.

 

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