Mozart Luna

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Alternativas para geração de energia

06/01/2016 15h03
Alternativas para geração de energia

A crise na matriz de produção de energia elétrica no Brasil, que está baseada nas hidrelétricas, que armazenam água nos reservatórios. Entretanto a escassez de água vem levando os governos a pouparem o uso da água e principalmente a evitarem os danos ambientais que contribuam para sua redução.

Os governos buscam alternativas para geração de energia elétrica, sem que para isso cause danos ao meio ambiente. Uma das formas de produção de energia elétrica é a fotovoltaica, a partir do uso de placas que captam a luz do sol e as transformam em energia elétrica.

Atualmente esse sistema é utilizado com uso para aquecer água para o banho, mas com o desenvolvimento tecnológico, o sistema de geração de energia a partir da luz do sol, está se constituindo em uma alternativa viável principalmente para o Brasil e a região nordestina tem demonstrando ser um local extremamente propícia para implantação de projeto de produção de energia fotovoltaica.

Como praticamente todo ano temos o sol à disposição, o Nordeste e principalmente o semi-árido, é uma área que pode se instalar campos de placas para geração de energia elétrica com capacidade de produzir o necessário para manter o sistema funcionando, com redução da vazão nas barragens.

Alagoas na frente

Dentro do contexto de produção de energia fotovoltaica, Alagoas ( Pure Energy) sai na frente com a implantação de um industria de fabricação de placas fotovoltaicas, no município de Marechal Deodoro, que deverá ser inaugurada em fevereiro de 2016. A empresa embora esteja ainda em fase de construção, já participar de projetos pilotos com placas instaladas em um escritório de advocacia e pretende ainda participar de projetos experimentais, em resfriadores de leite, em ponto de coleta da Bacia Leiteira.

 Delmiro Gouveia, uma pousada localizada em uma Reserva Privada de Proteção Ambiental (RPPM), na fazenda Castanho, pretende instalar a geração de energia elétrica 100% a partir de placas fotovoltaicas. No local tem um receptivo de turismo, que funciona com energia produzida a partir de algumas placas instaladas e baterias.

Os empresários que estão investindo na região debatem a possibilidade de instalar o sistema fotovoltaico em todos os empreendimentos, diante do alto custo da energia elétrica fornecida pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). O mercado se abre ainda mais, já que o Sertão é hoje o quarto destino turístico de Alagoas, tendo como carro chefe a cidade de 

O Brasil pretende contratar até 2018 cerca de 14,3 GW de energia fotovoltaica, triplicando os números atuais e provando que esse é o caminho para geração de energia alternativa limpa para o nosso país e em especial para o Nordeste. Esses números vão gerar mais de R$ 40 bilhões em investimentos. Hoje o Brasil está entre os 15 principais países que avançam no uso de energia produzida a partir de placas fotovoltaicas.


Capacidade

A capacidade instalada no Brasil, levando em conta todos os tipos de usinas que produzem energia elétrica, é da ordem de 132 gigawatts (GW). Deste total menos de 0,0008% é produzida com sistemas solares fotovoltaicos (transformam diretamente a luz do Sol em energia elétrica).

Só este dado nos faz refletir sobre as causas que levam nosso país a tão baixa utilização desta fonte energética.

O desenvolvimento da geração de energia elétrica fotovoltaica no Brasil é preciso ações de governo para fomentar o uso dela. É preciso linhas de crédito especiais, com juros mais baratos e carências para pagamento, além de um trabalho educativo na mídia objetivando esclarecer a população sobre os benefícios do uso desse tipo de energia limpa.
Bacia leiteira

A região do semi-árido alagoano é uma das que mais sofrem com péssima qualidade da energia fornecida. A Bacia Leiteira de Alagoas é uma das mais prosperas do Nordeste e os prejuízos são grandes no período de seca, quando as quedas no fornecimento paralisam o funcionamento dos postos de resfriamento de leite. Esses postos são estrategicamente instalados para facilitar a captação do leite pelas indústrias que compraram o produto.

A empresa Pure Energy vem dialogando com o governo do estado, para viabilização de placas fotovoltaicas em todos os pontos de resfriamento de leite. Um projeto experimental está sendo estudado, através da secretaria estadual de agricultura para viabilizado a doação de kits para os produtores de leite que esperam que o projeto seja implantado logo, evitando os prejuízos para o setor.

O interessante é que o investimento realizado na instalação das placas fotovoltaicas retorna na conta da energia elétrica fornecida pelo distribuidor (Eletrobrás). Alguns empreendimentos que já possuem energia produzida pelas placas em vez de pagar a conta estão tendo créditos a receber do sistema Eletrobrás. Isto comprova que o investimento, por si já se paga, além de melhorar a qualidade da energia produzida para todos consumidores

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