Ao que tudo indica o PMDB está mesmo de malas prontas e deixará o governo chefiado pela Presidente Dilma. O Ministro do Turismo, também da sigla, Henrique Eduardo Alves, fiel escudeiro de Michel Temer foi o primeiro a desembarcar.

Com a ruptura do PMDB, que atualmente comanda um bloco de 70 parlamentares em exercício agrava-se a sustentação do governo dificultando ainda mais a articulação política no congresso nacional do trâmite do processo de impeachment já em andamento.

Apesar do esforço do Senador alagoano Renan Calheiros em manter a unidade do partido, não dá mais para conter o desejo da maioria que não quer permanecer vinculado a um governo impopular e afundado em denúncias de corrupção. É um verdadeiro salvem-se quem puder.

Aproximam-se as eleições municipais e não sabemos a extensão dos efeitos deste tsunami político no cenário político local. É certo que haverá algum reflexo, sobretudo se alguns nomes locais forem fortemente atrelados à operação lava jato com denúncias mais contundentes.

Dificilmente algum partido sairá ileso deste momento histórico brasileiro. Particularmente penso que o País está tendo uma oportunidade de lavar a roupa suja de séculos, proporcionando uma verdadeira pedagogia a todos que estão ou desejam entrar na política. O uso indevido dos recurso públicos e a participação em crimes contra administração passa a ter um alto custo, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.

Sou otimista, acredito que profundas mudanças continuarão ocorrendo mas infelizmente a corrupção não irá cessar, entretanto se evoluirmos para que a certeza da impunidade não seja regra teremos concretamente um País bem melhor para viver.

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