Claudio Barbosa

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Padre de Brasília não esconde paixão pelo Corinthians e torce à distância

19/06/2016 00h12

A avenida comercial de Taguatinga passou recentemente por uma inversão no sentido do trânsito, mas, quem passa pelo local com mais atenção nota que, às margens da avenida, um adereço continua intacto: uma enorme bandeira do Corinthians que enfeita a janela de uma igreja do centro da cidade. O dono se chama Fernando Henrique Alves, um dos padres do local, que tem 33 anos de idade e vive em Brasília há quatro.

O quarto do padre é uma espécie de santuário do Corinthians. A coleção de camisas conta com algumas que ele nutre mais carinho, como a do centenário do time paulista com o nome do atacante Ronaldo nas costas e o modelo retrô de Basílio, inspirada no modelo usado pelo Corinthians em 1977.

Mas as vestimentas, que ficam em um local separado das alvas usadas durante as missas e, outras celebrações religiosas, não são os únicos itens com o escudo do time paulista no quarto. Lixeiras, garrafas, almofadas. Tudo lembra o Corinthians. Ele garante que o time do Parque São Jorge está entre suas paixões, mas ressalta que a missão de ajudar a igreja a crescer ainda é maior do que o amor pelo Corinthians.

- Minha principal função na vida é evangelizar a Jesus, mostrar a todos a palavra bíblica e ajudar a igreja a crescer.

Celebrando missas no horário da manhã, o padre Fernando Henrique já passou por situações curiosas por causa do Corinthians. Durante o Mundial de Clubes de 2012, em que o Timão bateu o Chelsea por 1 a 0 na decisão com gol de Guerrero, uma verdadeira operação foi montada para que o resultado fosse sabido durante a celebração.

Neste caso, o padre contou com a ajuda de um ministro da celebração, que prometeu, com toda a discrição, manter Fernando Henrique informado da partida disputada no Estádio de Yokohama, no Japão.

- Cheguei para a missa bem tranquilo. Esse ministro disse que ia me manter atualizado, mas sem muito escândalo. Quando chegou a hora da Glória, que o jogo já tinha terminado. Foi um momento de muita alegria, a missa mudou na hora. Era um título que a gente já queria há muito tempo - recordou.

Praticante de esportes como ciclismo, corrida e crossfit, além de apaixonado por futebol, o padre Fernando Henrique comentou os recentes casos de violência no Estádio Mané Garrincha.

- O esporte, independente da modalidade, deve ser algo que promova a integração. Acho inconcebível uma pessoa sair de casa e ir para um estádio pensando em brigar com outra pessoa - opinou.

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