Claudio Barbosa

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Opinião: ser presidente do ASA, uma missão dificil

29/04/2016 20h08
Opinião: ser presidente do ASA, uma missão dificil

Ser presidente do ASA não é fácil para ninguém. Todos aqueles que já passaram pela direção do clube sabem muito bem disso, uma vez que têm que conviver com as pressões internas e, claro, da torcida e da própria imprensa. Além do eterno problema da desconfiança, onde muitos são até acusados de usarem o clube em benefício próprio. É um dia-a-dia complicado, que envolve não apenas o futebol, mas questões administrativas que envolvem pagamentos de salários, despesas de manutenção, dívidas e, geralmente, atrasos nos recebimentos das receitas. É a velha máxima que futebol não se faz sem dinheiro.

Quando os dirigentes dispõem de recursos para bancar, o fazem, deixando os pagamentos em dia e ficam aguardando os recebimentos por parte dos patrocinadores. Quando isso não é possível, só resta aguardar as receitas, o que acaba gerando atrasos e muitas reclamações. Começam os questionamentos, as críticas e os problemas geram uma verdadeira “bola de neve”. E sobra sempre para o presidente, que, em muitos casos, acaba buscando empréstimos até pessoais para sanar algumas situações. Além de, invariavelmente, ver diminuir o número de colaboradores ao seu redor.

O jovem Bruno Euclides sentiu na pele a enorme diferença existente entre aquilo que se comenta na arquibancada, para o que se vive na realidade dos bastidores. Onde o futebol é feito com recursos, influência política e acesso no âmbito empresarial. De boa conduta, homem sério, de uma família bem constituída, ingressou na presidência com muita vontade de ajudar o alvinegro. Uma direção jovem, que pelo visto acabou pecando em algumas atitudes iniciais e em alguns aspectos do seu planejamento.

Bruno Euclides e os demais jovens integrantes da direção merecem respeito pela coragem que tiveram em assumir um clube complexo, de uma torcida exigente, e que já enfrentava problemas. Além disso, num momento de crise no país e com aumento de despesas por causa da adesão ao PROFUT. A licença foi adequada para o momento e não pode ser encarada como covardia, muito pelo contrário. Que nesse momento de transição do alvinegro eles possam também contribuir, ao lado daqueles mais experientes. Fica também uma lição de vida árdua, porém, importante para cada um deles.
 

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