Claudio Barbosa

Claudio Barbosa

Claudio Barbosa

Opinião: as nossas atitudes no combate a violência

26/03/2016 13h01

O índice de violência é cada vez mais elevado na região agreste. Neste final de semana considerado Santo, não está sendo diferente. Vários assaltos, agressões e mortes. Ouvimos sempre críticas aos governantes, a Polícia e à Justiça. Sem tirar a responsabilidades deles, faço uma pergunta: estamos fazendo a nossa parte ?. Na minha avaliação, cabe algumas reflexões simples.

Na Sexta-Feira Santa foi possível observar cristãos bebendo e comendo, verdadeiras farras, bem longe de um almoço familiar. Flagrante desrespeito ao sacrifício do seu grande líder espiritual. Mas, cabe lembrar São João Crisóstomo, “vamos fazer jejum de não fazer mal aos outros. De que adianta você não comer carne e devorar o irmão.”

Em nome das leis, as escolas evitam falar em religião, não há aulas de ordem cívica. Criticamos a corrupção- mas vendemos o voto. Os estudantes – em sua maioria- não sabem o Hino Nacional. Menores ficam impedidos de trabalhar, até mesmo junto com seus pais. O reflexo da falta de fé e respeito é, consequentemente, o aumento no número de jovens vítimas da violência, da prostituição e das drogas.

As famílias, fragilizadas pela “evolução econômica” e pela própria mídia, precisam ser fortalecidas e assumir seu posto na sociedade. “Não esperemos que os professores consertem as falhas na educação dos filhos”, destacou Pepe Mujica ex-presidente do Uruguai.

Na sua reflexão, lembra que em casa se aprende a cumprimentar, falar obrigado, ser honesto, pontual, organizado, falar bem e não xingar, ser solidário e respeitar os semelhantes. A escola é lugar de aprendizado das matérias que compõem seu conhecimento e, também, onde são reforçados os valores que os pais ensinam aos seus filhos.

E essa violência também é resultado de um mundo feito de disputas, ódio e falta de perdão. Que a família exercite o Perdão como citou o Papa Francisco:

“Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.

Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente.

É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença”

Façamos a nossa parte, se não vamos continuar apenas reclamando dos índices de violência, sendo autores ou vítimas. .

 

Sobre o blog

Radialista 

Arquivos