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Preocupados com obra, comerciantes se unem para reunião com a prefeitura

Sindilojas quer ouvir opinião dos empresários sobre andamento de obra de revitalização

26/08/2020 17h05 - Atualizado em 26/08/2020 17h05
Preocupados com obra, comerciantes se unem para reunião com a prefeitura

Após a repercussão negativa sobre a falta de diálogo com os empresários da região do Centro Novo antes do início da obra de revitalização, a prefeitura de Arapiraca que havia cancelado reunião que estava marcada para terça (25), resolveu remarcar o encontro com os empresários para a sexta-feira (28).

A reunião seria um pedido feito pela Associação Centro Novo, Sindilojas Arapiraca e CDL Arapiraca diante da preocupação da maioria dos empresários que possuem estabelecimentos na rua Aníbal Lima e praças Bom Conselho e Manoel André com o início repentino das obras do projeto Centro Novo. Antes da reunião, o Sindilojas está buscado ouvir os comerciantes para chegar com um discurso alinhado na reunião.

Isso acontece porque o Centro Novo é um desejo antigo dos comerciantes de Arapiraca, que conta com um belo projeto que tem como objetivo dar conforto e estimular a população a frequentar os estabelecimentos locais. A ideia nasceu há mais de 10 anos durante missões empresariais promovidas pelo Sindilojas, Fecomércio e Sebrae. A obra era uma das promessas da campanha de Rogério Teófilo, que em janeiro chegou a anunciar o início da execução, incluindo até mesmo uma escada rolante, mas que não chegou a ter início.

A revitalização do Centro Novo está orçada em R$ 4,2 milhões, com recursos oriundos do governo federal, por meio do Ministério do Turismo, e com contrapartida do município. Na placa, fixada em janeiro, aparece informação que a obra tem previsão de um ano e nove meses para ficar pronta.

Na semana passada, os comerciantes foram surpreendidos com a presença dos operários dando início à obra, sem qualquer aviso prévio. Para muitos deles, a decisão repentina de executar pode ter conotação eleitoreira, uma vez que pela complexidade dos serviços, não há condições de a obra ser concluída antes de o mandato de Fabiana Pessoa chegar ao fim.

Para vários comerciantes, a decisão está sendo vista como um “tiro no pé”, porque em vez de ter impacto positivo para a prefeita, que vai ser candidata à reeleição, demonstra a falta de preparo dela na gestão pública.

“Qualquer pessoa que tenha um pouco de conhecimento sobre comércio sabe que esse período de fim de ano é o mais aguardado pelos empresários, porque é o melhor período de vendas do ano. Além da nossa expectativa em relação a esse período, a gente já vem de um período de quase cinco meses quase sem vender, então agora é a nossa chance de nos recuperar. Mas se essa obra for executada agora, a gente vai enfrentar uma crise ainda pior que a pandemia, já que vias serão obstruídas e os clientes ficarão desconfortáveis em transitar”, declarou um dos empresários ao 7Segundos.

De acordo com ele, as obras vão provocar obstrução de vias e colocação de tapumes que farão com que as lojas tenham que interromper o funcionamento e irão afastar os clientes. Dar início a obra - que vai trazer melhorias para o comércio - sem diálogo com os comerciantes, sem planejamento prévio e sem estratégia, pode provocar uma segunda crise para o comércio, que ainda não conseguiu se recuperar dos meses de quarentena, quando não podiam abrir as portas e atender os clientes livremente.

Esses comerciantes, que viram o faturamento cair exponencialmente durante quase um semestre estavam na expectativa de sair do vermelho com as vendas de fim de ano, melhor período do comércio. Com o início das obras, eles temem mais uma vez ficar no vermelho.

“Ninguém aqui é contra a obra, mas ela tem que ser executada a partir de muito diálogo com os empresários, com planejamento em relação aos períodos, horários de execução e também a liberação de recursos, para evitar que a obra seja paralisada no meio. Sempre que essa obra era discutida, todos sempre deixaram bem claro que ela deveria iniciar no início do ano, porque as vendas nesse período não são tão altas e quando chegasse nas datas comemorativas, a execução delas não atrapalharia o movimento das lojas. Do que adianta reformar o Centro se as lojas quebrarem e fecharem as portas?”, indagou o empresário.

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