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Mais um. PF descobre irregularidades na Assembleia de R$ 150 milhões

30/03/2017 12h12
Mais um. PF descobre irregularidades na Assembleia de R$ 150 milhões

Mais um escândalo de desvio de dinheiro foi descoberto na Assembleia Legislativa de Alagoas. Na manhã desta quinta-feira (30), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sururugate para cumprir mandados de busca e apreensão na Casa de Tavares Bastos. Foram descobertas irregularidades nos pagamentos realizados pela assembleia para integrantes cadastrados em programas sociais do Governo Federal, somente entre 2010 e 2013, ultrapassaram o montante de R$ 15.000.000,00. Nove deputados estaduais e um ex-deputado estão na mira dos agentes federais. 

De acordo com o PF, mais de 200 dos funcionários recebiam Bolsa Família além dos salários. 41 nem sequer sabiam que eram servidores da ALE, os chamados fantasmas. 12 não eram registrados na casa e quase 20 já haviam morrido.

No total, foram pagos R$ 150 milhões em salários a servidores não cadastrados entre 2010 e 2013, dos quais R$ 15 milhões foram aos beneficiários do Bolsa Família.

O objetivo de apurar suposto esquema de desvios de recursos da folha de pagamento do órgão, fundamentando-se em evidências colhidas durante instrução de inquéritos policiais instaurados com base em nota técnica expedida pela Controladoria Geral da União, que realizou os trabalhos iniciais de cruzamento de dados e posterior auditoria em beneficiários do bolsa-família que, supostamente, faziam parte dos quadros funcionais da Assembleia.

De acordo com informações, policiais estão recolhendo documentos nos setores de Recursos Humanos e Financeiro, não há notícia de que os agentes tenham ido aos gabinetes dos parlamentares.

Taturana

Este não é o primeiro escândalo de corrupção e desvio de dinheiro público na casa que representa os alagoanos. Em 2007, a PF desencadeou a Operação Taturana, cujo objetivo foi o de desmontar uma organização criminosa instalada na Assembleia Legislativa de Alagoas em fraudes no Imposto de Renda de mais de R$ 200 milhões.

Segundo a PF, a quadrilha se apropriava de recursos da Assembleia através de sua folha de pagamentos, com a inclusão de funcionários fantasmas e laranjas.

Os envolvidos também declaravam à Receita Federal retenções de imposto de renda em valores superiores aos efetivamente retidos, além de se beneficiarem das restituições do IR feitas aos falsos funcionários.

Entretanto, passados 10 anos da operação, os envolvidos até o presente momento os acusados ainda não foram condenados pela justiça.

O processo corre o risco de prescrever e isso não seria nenhuma novidade. Afinal, quando se envolve políticos, a Justiça anda mais lenta que uma tartaruga.

Este é o segundo caso de irregularidade na Casa de Tavares Bastos envolvendo esquema fraudulento de desvio de dinheiro público. Só vai ficar faltando mais um para pedir música no Fantástico.

Sobre o blog

O objetivo do blog é analisar a conjuntura política na capital e no interior de Alagoas.

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