Eleições

MDB quer tirar o tempo de rádio e proibir Luciano Barbosa de usar a sigla do partido

Vice-governador está com a filiação ao partido suspensa

Por 7Segundos 14/10/2020 18h06 - Atualizado em 14/10/2020 18h06
MDB quer tirar o tempo de rádio e proibir Luciano Barbosa de usar a sigla do partido
Luciano Barbosa segue em campanha enquanto enfrenta processo de expulsão do partido - Foto: Assessoria

A Executiva do MDB em Alagoas encaminhou à Justiça Eleitoral pedido para impedir o vice-governador Luciano Barbosa, que é candidato a prefeito em Arapiraca, de utilizar o tempo do partido no guia eleitoral e nas inserções de rádio, e ainda proibi-lo de utilizar a sigla da legenda na propaganda da campanha.

"Diante do exposto, reitera os pedidos veiculados na petição inicial de impugnação ao presente registro de candidatura, pugnando assim, pela sua integral procedência, assim como requer seja determinada, com efeito imediato, de forma cautelar e urgente, a subtração do tempo de rádio do MDB, utilizado indevidamente pela Coligação inpugnada, bem como a abstenção da Coligação Impugnada de utilizar a sigla do MDB em qualquer meio de propaganda, sob pena de multa diária", descreve a petição.


O vice-governador Luciano Barbosa, que está com a candidatura sob júdice, está enfrentando processo de expulsão do MDB e está com a filiação do partido suspensa. Essa seria a motivação do MDB querer impedir que ele utilize o nome ou o tempo do partido na propaganda eleitoral. Segundo informações, Barbosa tem até a quarta-feira da semana que vem, 21 de outubro, para apresentar defesa no processo de expulsão. Neste mesmo dia, ou nos dias seguintes, o partido pode divulgar sua decisão final sobre a filiação.

Enquanto isso, Barbosa não parece estar muito preocupado com o rompimento político com os Renans Calheiros, e segue fazendo campanha como se não tivesse um "plano B", caso o MDB consiga a impugnação antes do dia 15 de novembro. Entre especialistas em Direito Eleitoral, não há uma posição formada à respeito da legalidade da candidatura do vice-governador. Enquanto parte defende que, sem partido político, o vice-governador é inelegível; outros defendem que no momento do registro da candidatura ele cumpria a exigência de estar filiado a partido político.