Mundo

Argentina amplia quarentena total até o dia 12 de abril

Isolamento terminaria na terça (31), mas presidente Alberto Fernández decidiu estender prazo após reuniões com especialistas da área médica

Por R7 30/03/2020 08h08
Argentina amplia quarentena total até o dia 12 de abril
Argentina amplia quarentena total até o dia 12 de abril - Foto: Reuters

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou neste domingo (29) que o isolamento social, preventivo e obrigatório para a população do país desde o último dia 20 por causa do coronavírus e que terminaria na próxima terça-feira (31) será estendido até o final da Semana Santa.

"Tenho certeza de que isso faz muito sentido, e se continuarmos a cumpri-lo, os resultados serão muito favoráveis", disse Fernández a jornalistas na residência presidencial de Olivos, em Buenos Aires, após reuniões com especialistas da área médica e governadores provinciais para avaliar a situação da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o número total de pessoas infectadas pelo vírus na Argentina é de 820, das quais 20 morreram.

'Caso único'

Fernández disse na entrevista que a Argentina é "um caso único no mundo" e ganhou a confiança da comunidade científica devido à rapidez com que a quarentena total foi colocada em prática para conter o avanço da pandemia, apresentando "resultados iniciais interessantes e bons".

"Se você olhar para a curva de crescimento (de pessoas infectadas) em nossa quarentena e compará-la com aqueles países que a colocaram em atraso, verá o quanto nós ganhamos", comentou.

O presidente argentino reiterou que o objetivo de confinar a população - o que não se aplica aos trabalhadores dos serviços essenciais e a cidadãos que precisem comprar alimentos ou medicamentos - é tornar o crescimento das infecções "mais lento" e dar tempo aos hospitais para se prepararem para "quando chegar o pior momento" da pandemia, ou mesmo para esperar se uma vacina ou medicamento contra o vírus surja.

"Vamos prolongá-la até o dia em que a Páscoa acabar. É um longo caminho que temos de enfrentar. Esta é uma guerra contra um exército invisível que nos ataca em lugares onde às vezes não esperamos", disse.