Saúde

Sistema desenvolvido na Ufal auxilia crianças à espera de transplante cardíaco

Por Assessoria 08/10/2018 15h03
Sistema desenvolvido na Ufal auxilia crianças à espera de transplante cardíaco
Grupo de pesquisa que colaborou com o sistema - Foto: Reprodução

O transplante cardíaco ainda permanece como a melhor solução para quem sofre de doenças cardíacas crônicas. Para pacientes pediátricos a realidade não é diferente. Dispositivos de assistência ventricular (DAVs), também chamados de corações artificiais, vêm sendo frequentemente utilizados para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas que se encontram na fila de transplante cardíaco, à espera de um doador.

Com o objetivo de melhorar a condição do paciente sob o suporte desses dispositivos e de diminuir a taxa de mortalidade, o professor Thiago Cordeiro, do Instituto de Computação (IC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenador do curso de Engenharia da Computação, desenvolveu um sistema de controle fisiológico que foi utilizado com sucesso para esses dispositivos com base em modelos matemáticos.

O conceito inicial da pesquisa, envolvendo corações artificiais, foi desenvolvido no mestrado do professor Thiago, na Universidade Federal do Pará (UFPA), mas somente após a parceria com o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor) foi possível aprofundar os conceitos já presentes. 

Equipamentos pulsáteis já são utilizados pelo Incor em adultos há décadas, mas, segundo  é a primeira vez que um sistema de controle fisiológico em malha fechada foi proposto. Atualmente o Incor continua a pesquisa em outras áreas do dispositivo, como no desenvolvimento das válvulas cardíacas e no material utilizado. Por enquanto, testes em nível de simulação numérica são realizados, tendo como próximo passo a aplicação dessa simulação em experimentos in vitro, utilizando simuladores hidráulicos do sistema cardiovascular desenvolvidos no próprio Incor. Após a obtenção dos resultados, os pesquisadores esperam realizar os primeiros testes em animais.

Segundo o docente, o objetivo é que o sistema prolongue a vida do paciente por alguns dias, mas para alguém que está chegando a óbito, a eficácia da pesquisa é uma vitória e uma esperança a mais.