Baixo São Francisco

Criança com deficiência visual sofre abandono e maus tratos praticados pela própria mãe

Por 7 Segundos com Aqui Acontece 20/01/2017 10h10
Criança com deficiência visual sofre abandono e maus tratos praticados pela própria mãe
Criança de 9 anos foi encontrada sozinha em casa - Foto: 7 Segundos/ Arquivo

Uma criança de 9 anos que é cega foi encontrada desmaiada no banheiro da casa onde ela mora, localizada no bairro Raimundo Marinho. No momento em que ela foi resgatada por uma tia, havia somente a irmã de 6 anos na residência. O fato foi registrado no início dessa semana.

O Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Penedo já havia recebido a denúncia de maus tratos e abandono de capaz contra a mãe identificada apenas como “Alana”. Mas ao chegar no endereço a mãe, muito agressiva, não permitiu que os conselheiros tutelares levassem a criança com a documentação necessária para realizar procedimentos.

“A mãe disse que a gente poderia levar filho mas não entregaria o registro de nascimento pois ela sabia que se perdesse a guarda, não receberia o benefício”, relatou uma conselheira.

Enquanto o conselho tutelar tentava, junto aos órgãos de justiça, a documentação do menor, a tia e a avó materna da criança aproveitaram um momento que a mãe saiu de casa e foram tentar resgatar os menores. “A tia nos contou que pediu a sobrinha de 6 anos que colocasse a chave na fechadura para abrir uma porta que dá acesso ao interior da residência. Quando entrou na casa, encontrou a criança desmaiada no banheiro”, relatou uma conselheira.

O quarto da criança estava todo sujo de fezes. Os familiares informaram que o menino sofre epilepsia e provavelmente ela tentou chegar ao banheiro para fazer as necessidades quando desmaiou.

A tia resgatou a criança e acionou o Conselho Tutelar para informar as condições em que as crianças foram encontradas. Os conselheiros tutelares tiraram fotos e gravaram vídeo do interior da residência e do estado como a criança foi encontrada. Esses registros devem ser anexados no processo que será instaurado para solicitar a destituição do poder familiar. “A avó materna e a tia estão responsáveis por ela no momento e que só a Justiça é quem saberá qual será o melhor caminho para o menino que apesar da pouca idade tem vivido dias de muita angústia”, relatou uma conselheira