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Médicos temem desabamento de parte do PAM Salgadinho

Por Redação com assessoria 15/07/2015 20h08
Médicos temem desabamento de parte do PAM Salgadinho
Registro de um princípio de incêndio no PAM Salgadinho - Foto: Sandro Lima

O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL) realizará nesta quinta-feira uma reunião para divulgar um relatório elaborado em junho passado pela entidade e encaminhado ao Ministério Público Estadual. O documento denuncia graves problemas estruturais no prédio onde funciona o Posto de Atendimento Médico do Salgadinho (PAM Salgadinho), que é o maior da rede municipal.

No local, já ocorreu o desabamento do teto da sala de pequenas cirurgias (que foi desativada e nunca voltou a funcionar) e dois incêndios. Em vários blocos, o piso está afundando. Com as chuvas da semana passada, a situação piorou e os médicos temem que partes do prédio desabem.

Sem passar por manutenção há quase duas décadas, o prédio apresenta vazamentos e infiltrações em vários pontos do teto, das paredes e do piso. Encanamentos de águas servidas vivem entupidos, a maioria dos banheiros está interditada e consultórios não funcionam por conta da falta de água ou de vazamento nas torneiras. As instalações elétricas também são precárias - antigas, subdimensionadas e sem manutenção. Já ocorreram dois incêndios provocados por curtos-circuitos.

Em junho, além do relatório encaminhado ao MPE/AL, o Sinmed encaminhou ofícios ao Corpo de Bombeiros Militar, CREA/AL e Defesa Civil, solicitando vistoria do prédio para avaliação de riscos. Apenas o Conselho de Engenharia respondeu, um mês depois, alegando que só fiscaliza obras, o que impediria a fiscalização no prédio do PAM Salgadinho.

Problemas "normais" - De acordo com as denúncias dos médicos, que levaram o Sinmed a visitar o local e elaborar o relatório, tirando as questões da estrutura física, outros problemas existentes no PAM Salgadinho são "normais" - ou seja, comuns a toda a rede de saúde pública de saúde. Faltam equipamentos, a farmácia vive desabastecida, consultas com especialistas ficam prejudicadas por falta de aparelhos básicos (principalmente na oftalmologia e na otorrinolaringologia), raio-X está quebrado, mamógrafo idem, o mesmo acontecendo com o ultrassom.

Por conta disso, o Sinmed acrescentou às denúncias sobre a estrutura física um panorama da situação do posto, incluindo a falta de condições de assistência à população. O documento será entregue aos jornalista digitalizado e com fotos. Além da diretoria do sindicato, médicos do PAM estarão presentes e poderão responder perguntas sobre a situação de trabalho no local.

O Sindicato concede entrevista coletiva nesta quinta-feira (16), às 8 horas, em sua sede (Rua Teonilo Gama, 186 - Trapiche da Barra).